domingo, 20 de fevereiro de 2011

CARNAVAL A FESTA MAIS POPULAR

A festa mais popular
O Carnaval é a festa popular brasileira mais famosa em todo o mundo. A origem mais provável de seu aparecimento por aqui é o entrudo português, que aglutinava várias brincadeiras, muitas delas gerando violência. Porém, o mais comum eram as pessoas atirando água, farinha, ovos podres e fuligem umas nas outras.
É certo que o Carnaval é realizado na época anterior à Quaresma, período do calendário católico destinado à penitência, mas a sua simbologia é a da libertação. O entrudo, trazido para o Brasil ainda no século XVII, sofre influências dos carnavais europeus, especialmente da França e Itália, a partir do século XIX.
Ainda em meados do século XIX, grupos de foliões começaram a tocar bumbos e tambores, fazendo arruaças e muito barulho a partir das 22 horas do sábado. Essa iniciativa ficou conhecida como "Bloco do Zé Pereira". Um pouco mais adiante, incorporando tradições européias, máscaras, adereços e fantasias, como pierrô, colombina e Rei Momo, passaram a fazer parte da paisagem do Carnaval brasileiro.
Já no século XX surgiram os corsos, os cordões e, em 1928, a primeira escola de samba, a Deixa Falar, criada pelo famoso sambista Ismael Silva.
O Carnaval da cidade do Rio de Janeiro, com o tradicional desfile das escolas de samba, é o mais famoso mundialmente. Entretanto, o chamado Carnaval de Rua permanece seduzindo multidões, principalmente em Salvador, Recife e Olinda.

Origem do nome e da data do Carnaval
Hoje é quase consensual que a palavra Carnaval originou-se de carne + vale (do latim: caro, carnis = carne; vale = adeus), ou ainda da expressão carne levare ou carnilevamen. As duas expressões têm sentido quase idêntico: suspensão da carne, abstenção de carne.
Assim, o Carnaval anuncia a chegada da Quaresma, período no calendário da Igreja Católica consagrado à penitência e ao jejum. Antigamente, a Igreja recomendava aos católicos que ficassem toda a Quaresma sem comer carne. Hoje esta proibição restringe-se à Sexta-feira Santa.
Por isso, o Carnaval no Brasil acontece sempre em fevereiro ou março, nos dias que antecedem a Quaresma. É uma festa móvel, ou seja, não tem data fixa. O período carnavalesco, em sua amplitude máxima, estende-se do Natal até a Quaresma, mas a verdadeira festa consagrada a Momo se limita geralmente aos três últimos dias do período. Em outros países, a data varia de acordo com tradições locais e nacionais: por exemplo, na França a celebração se limita à terça-feira gorda e à mi-carême (quinta-feira da terceira semana da Quaresma). Na Alemanha, em Colônia, o Carnaval é iniciado às 11 horas e 11 minutos do dia 11 de novembro, enquanto que em Munique a festa é comemorada no dia 6 de janeiro, na festa da Epifania.
As origens mais remotas das comemorações de Carnaval são obscuras, assentando-se provavelmente em festividades primitivas de tipo religioso, em honra ao ressurgimento da natureza, com a volta da primavera. É possível associá-lo às festas de caráter orgíaco, como as bacanais, celebrações a Baco, deus do vinho, na Grécia antiga, ou as saturnais, festas em honra a Saturno, Deus da agricultura, na Roma antiga.
Na Idade Média, há referências a comemorações na França, com vinho e sexo; na Itália, como é o caso de Nápoles, os cortejos costumavam levar um enorme falo pelas ruas da cidade; e, em outros países da Europa, as festas eram embaladas por canções que ironizavam os costumes e os governantes. Batalhas de água, ovos e outras substâncias de odor forte também ajudavam a diversão. Pelas características pagãs do Carnaval, as relações entre as autoridades da Igreja e os carnavalescos nem sempre foram cordiais; o que prevaleceu, porém, foi uma relação de tolerância, por parte da Igreja, em relação à festa popular.

Os entrudos e os primeiros tempos de folia - Nos tempos da Colônia, nas cidades brasileiras, os entrudos eram batalhas em que os foliões atiravam água e farinha do reino nas pessoas que andavam pelas ruas. As cenas dessa festa popular foram documentadas por Debret em suas aquarelas: criados e escravos carregavam cântaros e latas de água para a folia dos patrões.
Depois, apareceram as laranjinhas-de-cheiro e borrachas com água perfumada. Já no século XVIII, os foliões atiravam de tudo: ovos podres, pós de todos os tipos, tomates estragados. A folia atingia igualmente a senzala e a casa-grande, contando com a participação dos governantes e de seus auxiliares. Câmara Cascudo refere-se, no Dicionário do Folclore Brasileiro, aos episódios em que o sisudo Imperador dom Pedro II acabou dentro de um tanque e o arquiteto Grandjean de Montigny morreu de pleurisia decorrente de um entrudo muito animado.
O carnaval de rua persistiu dessa forma, às vezes com folguedos mais violentos que provocavam proibições oficiais e ataques da imprensa. Atualmente, os ataques com confete, serpentina e bisnagas de água nos bailes de carnaval ou nas ruas das cidades fazem relembrar as antigas batalhas do entrudo.
Os primeiros bailes de Carnaval surgiram por volta de 1840 e eram animados por canções portuguesas, sobretudo as quadrilhas e as chamadas chanças lusitanas. Seguiram-se a polca e os ritmos do carnaval italiano. Em 1870, surgiu uma música tipicamente brasileira, o maxixe. Nesse ano, o povo cantou a primeira música carnavalesca do país: E Viva Zé Pereira. Muitos ritmos animaram os carnavais do passado, predominando o samba, as marchas carnavalescas e o frevo. Entre os grandes compositores de músicas carnavalescas do passado, podem ser citados Chiquinha Gonzaga, Noel Rosa, Ari Barroso, Lamartine Babo e Pixinguinha.

Todo ano, no sábado de carnaval, logo pela manhã, o Clube de Máscaras Galo da Madrugada, de Recife, abre oficialmente o Carnaval, a festa mais popular do Brasil. O famoso bloco, tido como a organização carnavalesca que mais mobiliza foliões no planeta, já reuniu mais de 1,5 milhão de pessoas em seu percurso de 3,5 quilômetros pela capital pernambucana. Neste ano, a folia reunirá com certeza um número ainda maior de pessoas.
Os festejos carnavalescos no Brasil acontecem em todo o território nacional, mas guardam diferenças regionais muito marcantes. Atualmente, em cidades como o Rio de Janeiro, Olinda e Recife, em Pernambuco, e Salvador, na Bahia, as festas atraem milhares de turistas de todo o país e do exterior. O prestígio dos carnavais dessas cidades está fundado na presença de manifestações locais de cunho folclórico e de certos fatores típicos que lhes conferem facetas inconfundíveis. Em Pernambuco, tem-se a presença do frevo e do maracatu; na Bahia, nota-se a presença das raízes africanas, com seus afoxés e trios elétricos; no Rio de Janeiro, destaca-se o brilho das escolas de samba, com seus desfiles milionários, no Sambódromo da Marquês de Sapucaí.
Entretanto, até meados do século XIX, o carnaval era semelhante de norte a sul do país. Foi o alegre e brutal entrudo, festa popular trazida pelos portugueses, a primeira manifestação carnavalesca no Brasil Colônia e também no Império. Em algumas localidades, ainda ocorrem manifestações remanescentes do entrudo, com corsos e carreatas pelas ruas, em que os foliões travam verdadeiras batalhas atirando ovos, água e farinha.


Rio de Janeiro - O Carnaval do Rio de Janeiro, talvez o mais conhecido e prestigiado como atração turística no país e no exterior, surgiu das espontâneas e antigas manifestações de alegria da população carioca, que durante séculos brincou o carnaval atirando ovos e água nos amigos ao som de qualquer ritmo, até de valsas. Mas foi a partir de um ritmo, o samba, que o carnaval carioca transformou-se lentamente até chegar ao que é hoje: um grande e suntuoso espetáculo para o público que pode pagar o ingresso na Marquês de Sapucaí.
Os desfiles cariocas eram realizados inicialmente pela população pobre dos morros, berços das primeiras escolas de samba, e só ganharam prestígio a partir de 1950, tornando-se logo produtos vendáveis. Atraíram a atenção de governantes e de homens de negócios, que viram o enorme potencial econômico da alegria popular.
Em 1954, a prefeitura do Rio de Janeiro convidou astros e estrelas de Hollywood para a festa e com isso atraiu para o desfile milhares de turistas. A partir de então, a TV, interessada na transmissão dos desfiles, teve um papel fundamental na modificação das relações entre a sociedade e o samba.
Atualmente, os desfiles pressupõem uma organização que extrapola os limites dos sambistas da escola: os espetáculos mobilizam milhões de dólares para sua realização. Surgiram os chamados carnavalescos, profissionais especializados, que criam e dirigem a montagem dos desfiles de cada escola. Ao mesmo tempo, os lugares de destaque na passarela do samba são ocupados por artistas da TV, pelas chamadas socialites, enfim por pessoas que são facilmente identificadas pelo público presente no Sambódromo ou pelos telespectadores das emissoras de TV.

O Samba - O samba teve origem nos antigos ritmos trazidos pelos escravos africanos que vieram para o Brasil. Afirma-se que a palavra vem de semba, que significa umbigada em dialeto africano.
No século XIX, esses ritmos sofreram influência da polca, da habanera, do maxixe e do choro. O samba chegou ao Rio de Janeiro com as baianas que foram viver na então capital da República, especialmente no bairro de Cidade Nova. Uma delas, tia Ciata (Hilária Almeida, 1854-1924), reunia músicos e boêmios que varavam a noite em sua casa cantando. Numa dessas reuniões apareceu a idéia da música que se tornaria o primeiro samba, gravado pela primeira vez por Donga (Ernesto dos Santos). A letra desse samba, intitulado Pelo Telefone, fala do jogo na cidade. Sua estrofe mais famosa diz:
O chefe da polícia
pelo telefone
mandou me avisar
que na Carioca tem
uma roleta para se jogar
Na década de 1930, o samba, que era tocado basicamente por violões e cavaquinhos, adotou a percussão dos surdos e cuícas, instrumentos comuns nas batucadas dos morros. Estava nascendo o samba moderno. Dele descendem outros gêneros musicais brasileiros como a bossa nova, imortalizada por Tom Jobim e João Gilberto, e o pagode, samba das rodas de amigos e das festas caseiras.


Pernambuco - Em Recife e Olinda, os festejos do Carnaval são dos mais animados e característicos do país, com a multidão pelas ruas exibindo seus passos ao som do frevo, ritmo que se tornou a marca do carnaval pernambucano.
A multidão de passistas fantasiados percorre as ruas de Recife durante dias e noites, em um espetáculo de cores e coreografias livres e improvisadas. Curiosamente, a dança é individual mas torna-se um show coletivo em sua cadência irresistível. Em Olinda, cidade da época colonial declarada patrimônio da humanidade, o carnaval de rua é animado por grupos mascarados tradicionais, como O Homem da Meia-Noite e A Mulher do Meio-Dia.

 

Frevo - Dança de rua e de salão, o frevo é a grande atração do carnaval pernambucano. Trata-se de uma marcha de ritmo sincopado, violento e frenético. Diz-se que, ao som do frevo, a multidão fica a "ferver". Segundo os estudiosos, foi dessa idéia de fervura (pois o povo pronuncia "frevura", "frever", etc.) que se criou o nome frevo.
O frevo teve sua origem no Recife, inspirado na polca-marcha. É uma marcha com divisão em binário e andamento semelhante ao da marchinha carioca, porém mais pesada e barulhenta, e com uma execução vigorosa e estridente de fanfarra. Nele o ritmo é tudo, e requer boa forma física para quem quer dançá-lo corretamente. O grande interesse da dança está em sua coreografia, que não é coletiva, de um grupo, de um bloco ou cordão, mas da multidão inteira, cujos passistas dançam individualmente, improvisando passos. O guarda-chuva colorido é o apetrecho típico que acompanha os dançarinos. Nos grupos de rua, os instrumentos são violões, cavaquinhos, flautas, clarinetes e contrabaixos, entre outros.


Bahia - Em Salvador, na Bahia, as comemorações do Carnaval se estendem desde o Ano Novo até a Quarta-feira de Cinzas, com características marcadamente populares, guardando na música, na dança e na indumentária raízes culturais afro-brasileiras.
Turistas de todo o país e do exterior participam das festas de rua, dos shows promovidos nas praias e praças da cidade, dançando em grupos organizados, os afoxés, com indumentárias características e ao som da chamada axé music. Estima-se que hoje há mais de 150 blocos organizados em Salvador. A participação dos foliões nos blocos mais tradicionais é permitida desde que o interessado compre um abadá (antes chamado mortalha), camiseta ou túnica colorida que o identifique como integrante do bloco. Com o abadá, que hoje pode custar até 350 dólares, o folião pode dançar e seguir o trio elétrico do bloco, protegido por cordões de isolamento e seguranças.
Salvador fica tomada pela música e pela alegria de grandes massas de foliões, durante o dia e a noite, com os blocos percorrendo toda a orla das praias e as avenidas principais da cidade. Artistas locais ou de renome nacional como Daniela Mercury, Carlinhos Brown, Timbalada, Grupo Olodum, Gilberto Gil e Caetano Veloso animam a festa.
Afoxé - Os grupos de afoxé são manifestações artísticas de grande valor na cultura baiana, ligadas diretamente aos cultos afro-brasileiros, especialmente aos antigos atos de devoção às divindades do candomblé.
Apesar das mudanças socioculturais, os grupos de afoxé mantêm vários traços característicos da cultura africana: entoam cantos em dialetos africanos, usam instrumentos de percussão como atabaques e agogôs, além das cores e símbolos ligados às tradições dos cultos africanos. Um dos afoxés mais conhecidos, citado pelos compositores baianos Caetano Veloso e Gilberto Gil em algumas de suas canções, é o Filhos de Gandhi.
Trio Elétrico - No Carnaval dos anos 1960, uma das mais conhecidas canções do compositor baiano Caetano Veloso, o frevinho Atrás do Trio Elétrico, divulgou para todo o país a existência dessa máquina de agitar multidões. O primeiro trio elétrico saiu às ruas em 1950. Era um calhambeque Ford T1929, equipado por dois alto-falantes. O dono do carro, Osmar Macedo, e seu amigo, Adolfo do Nascimento, ambos já falecidos, tocavam frevos de Pernambuco com guitarra, baixo e bateria.
Circulando pelas ruas, juntavam pessoas que seguiam o percurso cantando e dançando. No ano seguinte, o velho carro foi substituído por uma caminhonete e denominado Trio Elétrico Dodô e Osmar, que passou a ter como patrocinador a fábrica de refrigerantes Fratelli Vita. O patrocínio possibilitou-lhes a compra de um caminhão. O equipamento de som aumentou, assim como o número de músicos.
Nas décadas seguintes, vários trios elétricos foram montados na Bahia e o caminhão da folia tornou-se a marca registrada do carnaval da região. Hoje, espalhados por vários cantos do país, os trios elétricos dispõem de instrumentos modernos e tocam de tudo: de reggae à música clássica, conforme a ocasião. Além dos carnavais, animam bailes de formatura, comícios políticos, passeatas e até rodeios. Nos mais sofisticados, o som pode atingir cerca de 300 mil pessoas num raio de 5 quilômetros de distância. Carregam até 25 toneladas de equipamentos, com mais de 200 alto-falantes, 60 amplificadores, 20 canhões de luz com 900 lâmpadas coloridas e computadores que regulam a afinação dos instrumentos e o volume do som.
Carnaval de Veneza
O Carnaval de Veneza, na Itália, é diferente em estilo, ritmo e espírito de qualquer outro carnaval. Já em suas raízes é uma celebração de elite, intelectualizada, embora hedonística. As fantasias e as famosas máscaras venezianas inspiram-se na elegância e bom gosto dos trajes dos séculos XVII e XVIII, ou nas personagens da Commedia Dell´Arte, em que figuram os nossos conhecidos pierrôs, colombinas e polichinelos.
No final do século XI, o Carnaval de Veneza aparecia nas crônicas como festejos que chegavam a durar até seis meses. Por essa época chegou-se até a regulamentar o uso das máscaras, que haviam invadido o cotidiano do povo veneziano. São comuns os relatos de abusos praticados atrás das máscaras durante e depois do carnaval de Veneza: desde a mais ingênua tentativa de sedução até o adultério; de pequenos furtos até homicídios. As autoridades proibiram o uso das máscaras no início do século XVII.
Após quase desaparecer no século XIX, o Carnaval de Veneza vem, desde 1980, sendo revivido e encorajado pelas autoridades. Atrai hoje mais de 100 mil pessoas que, apesar do frio e da ameaça das marés altas que freqüentemente inundam a praça de São Marcos, para ali convergem a fim de admirar o luxo das fantasias e das máscaras.
Em Veneza, nas belas mansões e palácios do Gran Canale, organizam-se também luxuosos bailes, regados a champanhe e animados por ruidosas orquestras. A alta sociedade internacional, afastada do burburinho das ruas, comparece aos salões dos hotéis de luxo, decorados a cada ano com temas retirados das óperas de Verdi. Neles dançam-se valsa, tarantela e até mesmo o samba, cada vez mais popular. O povo, por sua vez, concentrado na Praça São Marcos, se diverte de maneira bem mais desinibida.
Commedia dell'arte - Conhecida também como Comédia de Máscaras, a Commedia Dell´Arte era composta por espetáculos teatrais em prosa, muito populares na Itália e em toda a Europa na segunda metade do século XVI até meados do século XVIII. O espetáculo era baseado no improviso dos atores, que seguiam apenas um esquema elaborado pelo autor para cada cena cômica, trágica ou tragicômica. Grandes atores criavam as ações e os diálogos diante do público. Tornaram-se famosas as figuras de Arlequim, do doutor, do capitão Spaventa, de Pulcinella, Pantalone e Colombina, entre outros, com seus tipos físicos regionais, com seus dialetos e temperamentos especiais, vestimentas e máscaras características.

Carnaval em New Orleans
New Orleans é uma cidade ímpar no contexto norte-americano. Segundo porto dos EUA, situada na Louisiania, é famosa por ser o berço do jazz. Aí saboreiam-se também os pratos da apreciada cozinha creole, e seus habitantes orgulham-se de seu rico passado francês, vivo ainda no Vieux Carré, o antigo quarteirão tombado pelo patrimônio histórico e que serviu de locação para os filmes Coração Satânico e Down by Law (Daumbailó).
Abrigando um grande contingente de imigrantes de todas as partes do mundo, principalmente espanhóis e africanos, New Orleans exibe sempre um clima de música e alegria, que explode ainda mais no Carnaval, ou melhor, no Mardi Gras (Terça-Feira Gorda), o maior show ao ar livre do mundo, conforme anunciam as agências de turismo locais.
Teoricamente a festa começa 12 dias após o Natal e termina na Quarta-feira de Cinzas. A rigor, ela acontece duas semanas antes do Carnaval propriamente dito. Os nomes dos blocos e suas concepções artísticas, em sua maioria inspiradas nos deuses da mitologia grega (Hércules, Minerva, Hermes, Baco) atestam o quanto essas comemorações se prendem ainda às saturnais romanas que celebravam a entrada da primavera.
Os blocos, de grande impacto visual, não se cruzam e desfilam em datas e horários diferentes. Assim, não há característica de um concurso. Existe disputa apenas para as fantasias de luxo, em palanque ao ar livre, onde os participantes concorrem com o aplauso da multidão. Quanto à música, bandas de Dixieland Jazz misturam-se nas paradas carnavalescas, saindo dos clubes de Bourbon Street e do Preservation Hall para alegrar a folia nas ruas. O som do carnaval é feito também pelos estudantes dos colégios que, durante o ano todo, ensaiam para os eventos.

Carnaval na Alemanha
Na Alemanha, são conhecidos os carnavais de cidades grandes como Munique e Colônia, que já apresentam características das festas urbanas. Porém, no pleno inverno da Floresta Negra e dos Alpes é que estão as festas mais interessantes e tradicionais de todo o país. No estado de Baden-Wurttenberg, no extremo sul da Alemanha, há séculos os componentes dos chamados Grêmios da Loucura - corporações que se encarregam de legalizar o uso de máscaras durante o Carnaval - saem às ruas exibindo as mais exóticas máscaras que se possa imaginar. Elas são o resultado de um trabalho artesanal que exige muita minúcia e paciência dos rústicos camponeses da região, e relembram antigas personagens, fatos históricos ou lendas do folclore local.
Na cidadezinha de Stockach, de 13 mil habitantes, os mascarados homenageiam Hans Kuony, que foi o bobo da corte de Leopoldo da Áustria, no início do século XIV. Em outro vilarejo, Aach, predominam figuras com cabeças de repolho, por causa de uma lenda, segundo a qual um dos portões de um castelo do lugar devia ser disfarçado sob uma plantação de repolhos, o que nunca era conseguido por causa de um bode que todas as noites devorava a horta. 


Carnaval no Brasil

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

CARNAVAL













A PALAVRA  CARNAVAL   
   Os estudiosos divergem quanto à origem da palavra CARNAVAL. Para uns, a palavra CARNAVAL vem de CARRUM NAVALIS, os carros navais que faziam a abertura das Dionisías Gregas nos séculos VII e VI a.C., para outros, a palavra CARNAVAL surgiu quando Gregório I, o Grande, em 590 d.C. transferiu o início da Quaresma para quarta-feira, antes do sexto domingo que precede a Páscoa. Ao sétimo domingo, denominado de "quinquagésima" deu o título de "dominica ad carne levandas", expressão que teria sucessivamente abreviada para "carne levandas", "carne levale", "carne levamen", "carneval" e "carnaval", todas variantes de dialectos italianos (milanês, siciliano, calabrês, etc..) e que significam acção de tirar , quer dizer: "tirar a carne" A terça-feira. (mardi-grass), seria legitimamente a noite do carnaval.    Seria, em última análise, a permissão de se comer carne antes dos 40 dias de jejum (Quaresma). Afirmam alguns pesquisadores que a palavra CARNAVAL teria surgido em Milão, em 1130, outros dizem que a festa só teria o nome CARNAVAL em França, em 1268 ou, ainda na Alemanha, anos 1800. Uma outra corrente, essa menos conhecida, citada no livro - A Cultura Popular na Idade Média - contexto de François Rabelais, de Mikhail Bakhtin, diz que: "na segunda metade do século XIX, numerosos autores alemães defenderam a tese que a palavra carnaval viria de KANE ou KARTH ou "lugar santo "(isto é comunidade pagã, os deuses e seus seguidores) e de VAL ou WAL ou morto, assassinado, que dizer procissão dos deuses mortos, uma espécie de procissão de almas errantes do purgatório identificada desde o século XI pelo normando Orderico Vital, como se fosse um exército de Arlequins desfilando nas estradas desertas buscando a purificação de suas almas. Essa procissão saía no dia do Ano Novo,durante a Idade Média". AS ORIGENS
   As origens do Carnaval são obscuras e longínquas. Não temos como comprovar cientificamente o nascimento do Carnaval, entretanto, baseados em pesquisas da história da evolução do homem deduzimos que os primeiros indícios, do que mais tarde se chamaria Carnaval, surgiram dos cultos agrários ao tempo da descoberta da agricultura. Esclarecemos, ainda, que há dúvida quanto à data da descoberta da agricultura. Sabemos, no entanto, que o surgimento da agricultura só ocorreu após o final da última glaciação da Terra, há, aproximadamente, 10.000 anos a.C., quando melhores condições climáticas fizeram surgir nos lugares dos imensos glaciares, bosques e pradarias, ricas em recursos animais e vegetais. O novo ambiente da Terra fez com que os humanos saíssem das cavernas para os campos. Livres da predação dos grandes animais, desaparecidos, os homens evoluíram para a domesticação e criação dos animais e cultivo dos vegetais (sedentarização). Favorecidos pelo humos (ou limo) que deixava extremamente fértil as terras irrigadas pelo rio Nilo, teriam sido os povos que, primitivamente, habitavam as suas margens e que a partir de 4000 anos a.C. evoluíram para as unidades políticas chamadas "Nomos", os verdadeiros criadores da agricultura e dos cultos agrários. O homem começou a entrar no reino da comemoração. No momento da festa desligava-se das coisas ruins, que concretamente tinham ido embora (o inverno que o prendia aos abrigos) e saudava o que lhe parecia um bem ( a entrada da primavera, o término das enchentes do rio Nilo, o nascer e o pôr do sol), com danças e cânticos para espantar as forças negativas que prejudicavam as plantações.
PRINCIPAIS CULTOS AGRÁRIOS
   No Egipto, festa da Deusa Ísis e do Boi Ápis.
   Na Pérsia, festas da deusa da Fecundidade, Naita e de Mitra, deus dos Pastores
   Na Fenícia, Festa da deusa da Fecundidade, Astarteia.
  Em Creta, festa da Grande Mãe, deusa protectora da terra e da fertilidade, representada por uma pomba.
  Na Babilónia, as Sáceas, festas que duravam cinco dias e eram marcadas pela licença sexual e pela inversão dos papéis entre servos e senhores, e pela eleição de um escravo rei que era sacrificado no final da celebração.
O Carnaval Pagão
(Do século VII a.C. ao século VI d.C.).
  O Carnaval Pagão começa quando Pisistráto oficializa o culto a Dioniso, em Atenas, na Grécia, no século VII a.C. e, depois, em Roma, com as Saturnais todos os participantes e os escravos podiam dizer verdades a seus senhores indo até ao extremo de ridicularizá-los do jeito que bem entendessem. Isto tudo termina, quando a Igreja Catóçica adopta, oficialmente, o carnaval, em 590 d.
Nos Primeiros Tempos do Cristianismo
   As festas carnavalescas foram condenadas pelos doutores da igreja mas, como o povo continuava muito apegado às tradições, a Igreja Católica e o Estado Feudal impuseram às cerimónias oficiais um tom sério e sisudo, como uma forma de combater o riso, ritual dos festejos, que em geral,  acabavam em brincadeiras condenáveis.    Em 590 d.C., o Papa Gregório I, o Grande, marca, em definitivo, a data do Carnaval no Calendário Eclesiástico.
   A Igreja tolerou melhor a festa e até passou a estimulá-la, com o Papa Paulo II (1461 - 1471) que, de sua morada, ao observar a Vila Lacta, que permanecia deserta e silenciosa o ano inteiro resolveu organizar as festa do Carnaval, com a promoção de corridas de cavalos, anões e corcundas, lançamento de ovos, etc., sob a luz  de tocos de velas.  Em 1545, no Concílio de Trento, entre outros assuntos importantes entra em  discussão o carnaval que é reconhecido como uma manifestação popular de rua importante, não devendo ser hostilizado pelo Clero.
   Em 1582, o Papa Gregório XIII (1572 - 1585) ao promover a reforma do Calendário Juliano, transformando-o em Calendário Gregoriano, em uso até hoje pelos povos Católicos, estabeleceu, em definitivo, as datas do Carnaval.
   Os povos católicos aceitaram de imediato o calendário Gregoriano, entretanto, entre os povos protestantes, a Alemanha e a Inglaterra somente o oficializaram em 1700 e 1752, respectivamente.   O Carnaval do Mundo    O Carnaval é comemorado em boa parte do planeta. No Brasil é muito famoso.  Mas há mais festas de Carnaval: No Reino Unido:
 Acontece o Shroveitide (Shrive que significa confessar ‘pecados’) é a comemoração do carnaval britânico. Estados Unidos   Aqui o carnaval resume-se basicamente à celebração do Mardi Grass (Terça-Feira Gorda), vários estados celebram o carnaval. Mas o estado mais tradicional de tal comemoração é New Orleans. Neste estados, durante o Mardi Grass, desfilam pelas ruas da cidade mais de 50 grupos. O grupo mais conhecido é o do Bacchus (que possui gigantescos e originais carros alegóricos).
Alemanha
  Neste país a celebração do carnaval acontece tanto nos grandes centros urbanos, quanto na Floresta Negra e nos Alpes. A festa mais tradicional é a da cidade de Bonn onde  organizam desfiles com pessoas fantasiadas de diferentes épocas, o diabo fica solto, por esse motivo as pessoas usam máscaras para esconder seus rostos.
Veneza
    Por muito tempo, o carnaval veneziano foi um dos mais fortes e alegres do mundo. Durante o período do carnaval eram desenvolvidos bailes e festas nas praças e ruas da cidade. Com o passar do tempo o carnaval de Veneza foi enfraquecendo chegando  quase a extinguir-se. Actualmente, o Carnaval de Veneza tem muita fama e está intimamente ligado a actividades culturais. E em Portugal? Onde se festeja o Carnaval?     O Carnaval português, que foi exportado para as antigas colónias, em especial para o Brasil (por volta de 1723), e sempre teve características bem diferentes do de outros países da Europa, sendo reconhecido até mesmo por autores portugueses como uma festa cujas características principais eram a porcaria e a violência.    Há umas dezenas de anos, o Carnaval não era como hoje: desfiles, cortejos e raparigas a dançar, imitando o Carnaval do Rio de Janeiro.    Nessa época, as pessoas mascaravam-se, pregavam partidas e, por vezes, lançavam das varandas e janelas os mais variados objectos, como saquinhos de areia, ovos, farinha e outras coisas. Eram autênticas batalhas de loucura e um alvoroço para os mais calmos.
   Cada terra tinha o seu rei (Rei Momo) e a sua rainha. A Corte tinha vários ministros, que apareciam sempre bêbados e imensas “Matrafonas” que são homens vestidos de mulher ou disfarçados de forma ridícula.    Havia Zés-pereiras que acompanhavam ou animavam o desfile, tocando bombo e apareciam as tropas-fandangas também a tocar e a fazer disparates.
   Hoje, em Portugal os Carnavais com mais tradição são os de: Ovar, Torres Vedras, Alcobaça, Loulé e Madeira. No entanto, no nosso país, por todo o lado, ainda se brinca e se organizam festas e bailes de Carnaval.

PONTO DE ENCONTRO: O Carnaval na Antiguidade - Brasil Escola

PONTO DE ENCONTRO: O Carnaval na Antiguidade - Brasil Escola: "O Carnaval na Antiguidade - Brasil Escola"

O Carnaval na Antiguidade - Brasil Escola

O Carnaval na Antiguidade - Brasil Escola

MARCHINHAS DE CARNAVAL

ALLAH-LÁ-Ô
Haroldo Lobo-Nássara, 1940

Allah-lá-ô, ô ô ô ô ô ô

Mas que calor, ô ô ô ô ô ô
Atravessamos o deserto do Saara
O sol estava quente
Queimou a nossa cara

Viemos do Egito
E muitas vezes
Nós tivemos que rezar
Allah! allah! allah, meu bom allah!
Mande água pra ioiô
Mande água pra iaiá
Allah! meu bom allah                         



        CACHAÇA
Mirabeau Pinheiro-Lúcio de Castro-Heber Lobato, 1953

Você pensa que cachaça é água
Cachaça não é água não
Cachaça vem do alambique
E água vem do ribeirão

Pode me faltar tudo na vida
Arroz feijão e pão
Pode me faltar manteiga
E tudo mais não faz falta não
Pode me faltar o amor
Há, há, há, há!
Isto até acho graça
Só não quero que me falte
A danada da cachaça



AURORA
Mário Lago-Roberto Roberti, 1940

Se você fosse sincera
Ô ô ô ô Aurora
Veja só que bom que era
Ô ô ô ô Aurora

Um lindo apartamento
Com porteiro e elevador
E ar refrigerado
Para os dias de calor
Madame antes do nome
Você teria agora
Ô ô ô ô Aurora         



  CABELEIRA DO ZEZÉ
João Roberto Kelly-Roberto Faissal, 1963

Olha a cabeleira do zezé
Será que ele é
Será que ele é

Será que ele é bossa nova
Será que ele é maomé
Parece que é transviado
Mas isso eu não sei se ele é

Corta o cabelo dele!
Corta o cabelo dele!




ABRE ALAS
Chiquinha Gonzaga, 1899

Ó abre alas que eu quero passar
Ó abre alas que eu quero passar
Eu sou da lira não posso negar
Eu sou da lira não posso negar

Ó abre alas que eu quero passar
Ó abre alas que eu quero passar
Rosa de ouro é que vai ganhar
Rosa de ouro é que vai ganhar                  




 A JARDINEIRA
Benedito Lacerda-Humberto Porto, 1938

Ó jardineira porque estás tão triste
Mas o que foi que te aconteceu
Foi a camélia que caiu do galho
Deu dois suspiros e depois morreu

Vem jardineira vem meu amor
Não fiques triste que este mundo é todo seu
Tu és muito mais bonita
Que a camélia que morreu



Ô BALANCÊ
Braguinha-Alberto Ribeiro, 1936

Ô balancê balancê
Quero dançar com você
Entra na roda morena pra ver
Ô balancê balancê

Quando por mim você passa
Fingindo que não me vê
Meu coração quase se despedaça
No balancê balancê

Você foi minha cartilha
Você foi meu ABC
E por isso eu sou a maior maravilha
No balancê balancê

Eu levo a vida pensando
Pensando só
em você
E
o tempo passa e eu vou me acabando
No balancê balancê
                                                                


   LINDA MORENA
Lamartine Babo, 1932

Linda morena, morena
Morena que me faz penar
A lua cheia que tanto brilha
Não brilha tanto quanto o teu olhar

Tu és morena uma ótima pequena
Não há branco que não perca até o juízo
Onde tu passas
Sai às vezes bofetão
Toda gente faz questão
Do teu sorriso

Teu coração é uma espécie de pensão
De pensão familiar à beira-mar
Oh! Moreninha, não alugues tudo não
Deixe ao menos o porão pra eu morar

Por tua causa já se faz revolução
Vai haver transformação na cor da lua
Antigamente a mulata era a rainha
Desta vez, ó moreninha, a taça é tua




MAMÃE EU QUERO
Jararaca-Vicente Paiva, 1936

Mamãe eu quero, mamãe eu quero
Mamãe eu quero mamar
Dá a chupeta, dá a chupeta
Dá a chupeta pro bebe não chorar

Dorme filhinho do meu coração
Pega a mamadeira e vem entrá pro meu cordão
Eu tenho uma irmã que se chama Ana
De piscar o olho já ficou sem a pestana

Olho as pequenas mas daquele jeito
Tenho muita pena não ser criança de peito
Eu tenho uma irmã que é fenomenal
Ela é da bossa e o marido é um boçal





                                                                   O TEU CABELO NÃO NEGA
Lamartine Babo-Irmãos Valença, 1931

O teu cabelo não nega mulata
Porque és mulata na cor
Mas como a cor não pega mulata
Mulata eu quero o teu amor

Tens um sabor bem do Brasil
Tens a alma cor de anil
Mulata mulatinha meu amor
Fui nomeado teu tenente interventor

Quem te inventou meu pancadão
Teve uma consagração
A lua te invejando faz careta
Porque mulata tu não és deste planeta

Quando meu bem vieste à terra
Portugal declarou guerra
A concorrência então foi colossal
Vasco da gama contra o batalhão naval





ME DÁ UM DINHEIRO AÍ
Ivan Ferreira-Homero Ferreira-Glauco Ferreira, 1959

Ei, você aí!
Me dá um dinheiro aí!
Me dá um dinheiro aí!

Não vai dar?
Não vai dar não?
Você vai ver a grande confusão
Que eu vou fazer bebendo até cair
Me dá me dá me dá, ô!
Me dá um dinheiro aí!                              



 SACA-ROLHA
Zé da Zilda-Zilda do Zé-Waldir Machado, 1953)

As águas vão rolar
Garrafa cheia eu não quero ver sobrar
Eu passo mão na saca saca saca rolha
E bebo até me afogar
Deixa as águas rolar

Se a polícia por isso me prender
Mas na última hora me soltar
Eu pego o saca saca saca rolha
Ninguém me agarra ninguém me agarra

100% APRENDIZAGEM: História do carnaval

100% APRENDIZAGEM: História do carnaval: " O carnaval antes era em Paris e era uma festa com mascaras, hoje, não se usa quase nada, nem roupas. A historia do ..."

REPÚBLICA VELHA

República Velha - Exercícios

A REPÚBLICA VELHA

1-
"O Brasil não tem povo, tem público." (Lima Barreto)
Esta frase sintetiza ironicamente, para o autor, a relação entre o Estado Republicano e a sociedade brasileira.
a) O que Lima Barreto quis dizer com essa afirmação?
b) O escritor também faz uma sátira ao sistema político e econômico vigente na Primeira República numa obra intitulada de “Os bruzundangas”, publicada em 1923. Nela, mostra, ironicamente, a utilização do poder público no Brasil para o favorecimento de interesses econômicos de grupos privados.
Leia o texto e procure relacionar os comentários de Lima Barreto ao coronelismo e ao voto de cabresto.

2- Sobre a Revolta de Canudos, responda:
a) Quais camadas sociais participavam dessa Revolta e quais eram seus objetivos?
b) Quem era o líder da Revolta?
c) Como funcionava a comunidade fundada pelos revoltosos?

3- "O Nicromante, pelos modos,/ Satisfazer procura a todos:/ Traz Benjamin que é o fundador,/ Deodoro, que é o proclamador,/ Floriano, o consolidador,/ Prudente, o pacificador./ Isto é que é ser enganador!"
(Retratos. "O Paiz", 19/11/1895.) O advento da República no Brasil pouco representou para a efetiva construção da cidadania. Com base em seus conhecimentos e na leitura do trecho do jornal "O Paiz", analise as seguintes afirmativas:
I - A briga entre civis e militares pelo reconhecimento da fundação republicana, disputada pelos partidários de Deodoro e Benjamin Constant, prosseguiu por longo tempo e representou o conflito pela definição do novo regime.
II - O levante armado republicano pôs fim às simpatias pela monarquia, utilizando-se do apoio popular para impedir reações da família imperial.
III - A investida do Estado na regulamentação do cotidiano das pessoas foi uma das motivações para as sublevações populares, como a revolta contra a vacinação obrigatória, em 1904, na cidade do Rio de Janeiro.
IV - O chamado jacobinismo florianista caracterizou-se pelo resgate da influência lusitana e pela postura antinacional de seus seguidores.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas as afirmativas I, II e IV são verdadeiras.
b) Apenas as afirmativas II, III e IV são verdadeiras.
c) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras.
d) Apenas as afirmativas III e IV são verdadeiras.
e) Apenas as afirmativas II e IV são verdadeiras.

* PARA PENSAR E FAZER: Os seguidores de Antonio Conselheiro e do beato José Maria eram, em sua grande maioria, trabalhadores rurais. Expulsos se suas terras por vários motivos, como seca e apropriação das propriedades por grandes empresas, ficavam sem meios para garantir o seu sustento e o de sua família.

4- Faça uma pesquisa para saber qual a situação da terra hoje no Brasil. Para isso, siga o seguinte roteiro:
Como a terra está distribuída hoje no Brasil?
Quais as condições de vida dos trabalhadores rurais?
Existe algum programa para garantir a posse da terra para agricultores pobres?
Ele é eficiente?
Os trabalhadores rurais têm alguma organização para lutar pelos seus direitos Como?

5- "A reforma financeira de Rui Barbosa, não teve o sucesso esperado." Justifique a afirmativa.

6- A Constituição de 1824, a primeira do Brasil, foi OUTORGADA e a Constituição de 1891, a primeira republicana, foi PROMULGADA. Dê o significado das expressões destacadas.

7- "O bandido social é, em geral, membro de uma sociedade rural e, por razões várias, encarado como proscrito ou criminoso pelo Estado e pelos grandes proprietários. Apesar disso, continua a fazer parte da sociedade camponesa de que é originário e é considerado herói por sua gente, seja ele um justiceiro, um vingador, ou alguém que rouba dos ricos."
(Carlos Alberto Dória, SAGA. A GRANDE HISTÓRIA DO BRASIL)
Utilizando a definição anterior, explique o movimento do cangaço brasileiro.

8- "Entendi que não era lícito assistir indiferentemente a esta luta [política na Câmara Federal], cujos resultados poderiam acarretar a ruína da República. Dirigi-me para este fim aos governadores dos Estados, onde reside iniludivelmente a força política deste regime.
(...) Outros deram à minha política a denominação de Política dos Governadores. Teriam acertado se dissessem Política dos Estados."
(Campos Sales: DA PROPAGANDA À REPÚBLICA)

a) A partir do texto acima, explique o fenômeno político denominado "Política dos Governadores" e relacione algumas de suas conseqüências para a República Velha.
b) Explique com suas palavras o que foi a "política do Café com Leite".

9- Durante a República Velha, os "tenentes" apresentavam-se como salvadores, propondo solução para velhos problemas como a inflação, a alta do custo de vida, o "voto de cabresto", a corrupção e outros. Esclareça o que foi o "tenentismo" e assinale sua importância histórica.

10- Em 1929, o mundo foi abalado por uma profunda crise econômica e o Brasil sofreu diretamente os seus efeitos.
a) Cite duas características dessa crise na economia mundial.
b) Quais foram as conseqüências dessa crise econômica para a agricultura e indústria brasileiras?

domingo, 13 de fevereiro de 2011

DOCUMENTÁRIO BOMBA ATOMICA PARTE 2

DOCUMENTÁRIO BOMBA ATOMICA PARTE 1

Textos Evolucionismo e Criacionismo

Faça a leitura dos seguintes textos:
Texto Nº 1
Em defesa do evolucionismo
A vida na Terra é um rio que começou a correr há 3,5 bilhões de anos e chegou até nós, no meio de uma diversidade espetacular: leões, mosquitos, coqueiros, algas e dezenas de milhões de outras espécies. Veja o caso dos dinossauros. Dominaram o planeta por mais de 200 milhões de anos e sumiram num piscar de olhos, varridos por um meteoro que abriu uma cratera de dez quilômetros no México. (...)
Indiferente à tragédia dos desaparecidos, o rio da vida seguiu seu destino impiedoso de formar novas espécies e abandoná-las à própria sorte. Estima-se que as 30 milhões de espécies que existem hoje correspondam a apenas 1 % das 3 bilhões que já existiram. O resto foi extinto. Há uma fração de minuto evolucionário, na África, surgiu um primata diferente dos macacos comuns: era grande e não tinha rabo. Esse ancestral teve vários descendentes: orangotango, é o mais velho, apareceu há 12 milhões de anos. (...) Com os chimpanzés, por exemplo, compartilhamos mais de 98% dos genes. A explicação para serem eles quem são e nós o que somos fica por conta de menos de 2% dos 100 mil genes que constituem nosso patrimônio genético.
(VARELLA, Drauzio. Macacos. p.8-10. Adaptado.)

Texto Nº 2

Em defesa do criacionismo
É difícil acreditar no evolucionismo. Ou seja, na série fantástica de transformações que somos forçados a imaginar que teriam ocorrido em um passado distante.
Mas o que mais preocupa é que, habituados a consumir as “verdades” ditadas pela TV e por outros meios de comunicação, as pessoas não duvidam das informações que recebem. E nem imaginam as dificuldades científicas para provar que as mudanças de que falam os evolucionistas de fato ocorreram. O mesmo acontece com os cientistas que aceitam a teoria evolucionista sem questionamento. A razão disso é que os evolucionistas acreditam ter respostas definitivas para três importantes perguntas: quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? Com isso, a teoria da evolução passou a ser considerada a única explicação racional, e a crença em um Criador inteligente, que planejou tudo nos mínimos detalhes, foi sendo deixada de lado. Por que abandonar a hipótese da existência de um Criador? Não seria irracional eliminar a única alternativa para se responder aquelas três importantes perguntas? Felizmente, à medida que fazem novas descobertas, os cientistas vêm mudando sua postura em relação ao surgimento da vida, fenômeno até hoje inexplicável. Com os
avanços da Biologia Molecular, por exemplo, vem se constatando a perfeição no planejamento de todos os níveis da vida. Assim, essas descobertas recentes das ciências só têm aumentado a nossa convicção na existência de um Deus criador “dos céus, da Terra, e de tudo que neles há”.
Ruy Carlos de Camargo Vieira
(Presidente da Sociedade Criacionista Brasileira)
Agora reflita:
a) Qual dos dois textos apresenta uma teoria baseada na ciência e na razão? Justifique sua resposta.
b) No Texto Nº1, o autor faz uma crítica às Teorias Evolucionistas. Copie uma (01) passagem do texto que comprove essa afirmação.
c) Os Evolucionistas afirmam que o homem é um “macaco evoluído”? Justifique sua resposta reescrevendo um trecho do texto.
d) Discuta a seguinte sugestão: “É possível conciliar criacionismo e evolucionismo”.

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA 8º ANO

1) LEIA O TEXTO COM ATENÇÃO E MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA REFERENTE AOS MESMOS. SURGIDO NA ANTIGA MESOPOTÂMIA, É CONSIDERADO O MAIS ANTIGO CÓDIGO DE LEIS ESCRITAS DA HUMANIDADE: DISPUNHA EM UM DOS SEUS ARTIGOS: "SE UM HOMEM DEIXAR DE REFORÇAR O SEU DIQUE, SE ISTO PROVOCAR UMA RUPTURA E AS ÁGUAS INVADIREM OS CAMPOS, ESTE HOMEM SERÁ CONDENADO A RESTITUIR O CEREAL DESTRUÍDO POR SUA NEGLIGÊNCIA."

• O PRECEITO LEGAL ANTERIOR PERTENCE AO SEGUINTE CÓDIGO:
A) CORPUS JURIS CIVILIS B) CÓDIGO DE HAMURABI C ) CÓDIGO DE DIREITO CANÔNICO D ) CÓDIGO NAPOLEÔNICO E) CÓDIGO CIVIL
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2) OBSERVE A IMAGEM A SEGUIR:

• A ESTÁTUA DE RÔMULO E REMO POSSUI IMPORTANTE SIGNIFICADO PARA OS ROMANOS. SOBRE O ASSUNTO É CORRETO AFIRMAR:
I. OS ROMANOS EXPLICAVAM A ORIGEM DE SUA CIDADE POR MEIO DO MITO DE RÔMULO E REMO.
II. SEGUNDO A MITOLOGIA ROMANA, OS GÊMEOS FORAM JOGADOS NO RIO TIBRE, NA ITÁLIA. RESGATADOS POR UMA LOBA, QUE OS AMAMENTOU, FORAM CRIADOS POSTERIORMENTE POR UM CASAL DE PASTORES.
III. ADULTOS, RETORNAM À CIDADE NATAL DE ALBA LONGA E GANHAM TERRAS PARA FUNDAR UMA NOVA CIDADE QUE SERIA ROMA.
• ESTÁ (ÃO) CORRETA(S):
A) I E II B) I E III C) II E III D) I , II E III E) APENAS A II
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3) DE ACORDO COM A PERIODIZAÇÃO TRADICIONAL VIVEMOS ATUALMENTE NA:
A) PRÉ HISTÓRIA B) IDADE MÉDIA C ) ANTIGUIDADE D ) IDADE MODERNA E ) IDADE CONTEMPORÂNEA
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4) PEDRO É UM MENINO DE 10 ANOS E SE LEMBRA DE POUCAS COISAS DE QUANDO TINHA 2 ANOS. O QUE ELE PODE USAR PARA SABER FATOS DE SUA HISTÓRIA PESSOAL DAQUELE PERÍODO?
A ) A MEMORIA DE SEUS PAIS E AMIGOS B ) OS LIVROS INFANTIS QUE COMPRAMOS EM LIVRARIAS C ) SEUS CADERNOS E ANOTAÇÕES PESSOAIS D ) OS MÓVEIS DE SUA CASA. E) SUAS ROUPAS

4) QUAL DAS ILUSTRAÇÕES ABAIXO REPRESENTA A MAIS IMPORTANTE INVENÇÃO HUMANA?

A) B) C) D) E)

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5) A FALTA DE METAIS PRECIOSOS PARA A CUNHAGEM DE MOEDAS, A FALTA DE TERRAS PARA O CULTIVO NA EUROPA E A FORMAÇÃO
DAS MONARQUIAS NACIONAIS SÃO FATORES QUE PODEM SE ASSOCIAR À:
A) EXPANSÃO MARÍTIMO-COMERCIAL E DESCOBERTA DA AMÉRICA;
B) DOMINAÇÃO IBÉRICA NA ÁSIA E AO MOVIMENTO DAS CRUZADAS;
C) DESCOLONIZAÇÃO DA ÁFRICA E AO LIBERALISMO OCIDENTAL;
D) DISSOLUÇÃO DO IMPÉRIO ROMANO-GERMÂNICO E AO FEUDALISMO;
E) FRAGMENTAÇÃO DO PODER POLÍTICO E À COLONIZAÇÃO DO BRASIL.
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6) OS QUATRO CALENDÁRIOS APRESENTADOS
• ABAIXO MOSTRAM A VARIEDADE NA CONTAGEM DO TEMPO EM DIVERSAS SOCIEDADES.

COM BASE NAS INFORMAÇÕES APRESENTADAS, PODE-SE AFIRMAR QUE:
A) O FINAL DO MILÊNIO, 1999/2000,É UM FATOR COMUM ÀS DIFERENTES CULTURAS E TRADIÇÕES.
B) EMBORA O CALENDÁRIO CRISTÃO SEJA HOJE ADOTADO EM ÂMBITO INTERNACIONAL,CADA CULTURA REGISTRA SEUS EVENTOS
MARCANTES EM CALENDÁRIO PRÓPRIO.
C) O CALENDÁRIO CRISTÃO FOI ADOTADO UNIVERSALMENTE PORQUE, SENDO SOLAR.É MAIS PRECISO QUE OS DEMAIS.
D) A RELIGIÃO NÃO FOI DETERMINANTE NA DEFINIÇÃO DOS CALENDÁRIOS.
E) O CALENDÁRIO CRISTÃO TORNOU-SE DOMINANTE POR SUA ANTIGUIDADE.
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7)( LER E INTERPRETAR CONTEÚDO DE UMA CHARGE.)
ASSUNTO: REFORMA PROTESTANTE
SOBRE A HISTÓRIA DA REFORMA PROTESTANTE É CORRETO AFIRMAR QUE
A) OBJETIVAVA O FIM DA IGREJA CATÓLICA E O SURGIMENTO DE IGREJAS PROTESTANTES.
B) FOCAVA SUAS CRÍTICAS NOS ABUSOS COMETIDOS PELA IGREJA CATÓLICA PARA MODIFICÁ-LA.
C) VISAVA EXTERMINAR ATRAVÉS DA GUERRA SANTA TODOS OS CATÓLICOS DA FACE DA TERRA.
D) PREGAVA O FIM DO CRISTIANISMO E A ADOÇÃO DO ISLAMISMO NAS PARÓQUIAS E MESQUITAS.
E) PREGAVA O FIM DO ABSOLUTISMO E A ADOÇÃO DO PARLAMENTARISMO MONÁRQUICO
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8)A EXPANSÃO MARÍTIMA EUROPÉIA DOS SÉCULOS XV E XVI PERMITIU:
A) A FORMAÇÃO DE DOMÍNIOS COLONIAIS QUE DINAMIZARAM O COMÉRCIO EUROPEU;
B) O CRESCIMENTO DO COMÉRCIO DE ESPECIARIAS PELAS ROTAS DO MEDITERRÂNEO;
C) A IMPLANTAÇÃO DE IMPÉRIOS COLONIAIS NA ÁSIA, PARA EXTRAÇÃO DE METAIS PRECIOSOS;
D) O FORTALECIMENTO DO FEUDALISMO E DA SERVIDÃO NA EUROPA OCIDENTAL;
E) A COLONIZAÇÃO DO TIPO MERCANTILISTA, SEM INTERFERÊNCIA DO ESTADO E DA IGREJA.
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9) O PERÍODO DE PREDOMÍNIO DO MERCANTILISMO CARACTERIZA-SE:

A) PELA EXTINÇÃO DAS EMPRESAS MONOPOLISTAS;
B) PELA LUTA ENTRE MERCADORES E MANUFATURADORES;
C) PELA GRANDE ACUMULAÇÃO DE METAIS PRECIOSOS;
D) PELO DESAPARECIMENTO DAS GUILDAS;
E) PELO SURGIMENTO DOS PRIMEIROS SOCIALISTAS.
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10) OS PRINCIPAIS PRODUTOS ECONÔMICOS EXPORTADOS PELO BRASIL COLÔNIA DO SÉCULO XVIII FORAM:
A) AÇÚCAR, DIAMANTES E ERVA-MATE. B) MADEIRA, OURO E GADO. C) AÇÚCAR, MADEIRA E ERVA-MATE.
D) DIAMANTES, OURO E GADO. E) OURO, AÇÚCAR E MADEIRA.

Renascimento

1. Os próprios céus, os planetas e este centro [a Terra]
Respeitam os graus, a precedência e as posições.
Como poderiam as sociedades, Os graus nas escolas, as irmandades nas cidades, O comércio pacífi co entre praias separadas, a primogenitura e o direito de nascença, Os privilégios da idade, as coroas, cetros, lauréis,
Manter-se em seu lugar certo – não fossem os graus?

Estes versos de Shakespeare (da peça Troilo e Cressilda)
revelam uma visão de mundo:

a) moderna e liberal, ao tratarem das cidades, do comércio e, virtualmente, até do novo continente.
b) medieval e aristocrática, ao defenderem privilégios,graus e hierarquias como decorrentes de uma
ordem natural.
c) universal e democrática, ao se referirem a valores e concepções que ultrapassam seu próprio tempo histórico.
d) clássica e monarquista, ao mencionarem instituições, como a monarquia e o direito de primogenitura, que eram características do mundo grecoromano.
e) particularista e elitista, ao expressarem hierarquias,
valores e graus exclusivos da Inglaterra do século XVI.

2. No amplo conjunto de transformações ligadas ao advento do mundo moderno, destaca-se um fenômeno que pode ser chamado Revolução Científica. Tal processo, relacionado ao trabalho de homens como Kepler, Copérnico e Newton, entre outros, levou a profundas mudanças nas concepções acerca da
construção do saber. Considerando-se as condições que tornaram possível
o advento da Revolução Científica, é correto afirmar que:
a) a renovação da ciência foi estimulada pela queda
do absolutismo russo, que abriu a Europa Ocidental
ao contato com o Ocidente.
b) as descobertas da ciência moderna se tornaram viáveis a partir de uma postura de completo rompimento com o passado.
c) o trabalho dos cientistas foi facilitado pelo processo de crescimento da influência exercida pela Igreja Católica.
d) os avanços científicos foram estimulados pelas tendências humanista e racionalista emergentes na época.




3 . Para as artes visuais florescerem no Renascimento era preciso um ambiente urbano. Nos séculos XV e XVI, as regiões mais altamente urbanizadas da Europa Ocidental localizavam-se na Itália e nos Países Baixos,
e essas foram as regiões de onde veio grande parte dos artistas. Adaptado de Peter Burke, O Renascimento italiano.
São Paulo: Nova Alexandria, 1999, p.64.
a) Cite duas características do Renascimento.
b) De que maneira o ambiente urbano propiciou aemergência desse movimento artístico e cultural?
c) Por que as regiões mencionadas no texto eram as mais urbanizadas da Europa nos séculos XV e XVI?

4. Um peso colossal de estupidez esmagou o espírito humano.A pavorosa aventura da Idade Média, essa interrupção de mil anos na História da civilização.
Ernest Renan. Reminiscências da infância e da mocidade, 1883.
a) Explique a origem, no Renascimento, do termo Idade Média.
b) Forneça dois exemplos de natureza cultural que contradizem o juízo do autor sobre o período medieval.

5.O século XV, apesar de ser considerado como o século da decadência do Renascimento italiano, gerou gênios como Rafael Sanzio e Michelangelo nas Artes plásticas. Na literatura, o grande nome foi Nicolau Maquiavel
(1469-1527), que escreveu um texto antológico na história do teatro ocidental – A Mandrágora – com a qual satirizava a sociedade florentina sobre o poder dos
Médicis. Ele é autor também de um famoso livro que o levou a ser chamado de “Pai da Ciência Política”.
a) Como se intitula esse livro e qual o seu conteúdo?
b) Comente a máxima maquiavélica: “Os fins justificam os meios.”


6. Fernand Braudel considera o humanismo um “impulso” consciente ou inconsciente, uma “caminhada em direção a uma emancipação progressiva do homem”. O humanismo “engrandece o homem, liberta-o, diminui a parte de Deus, mesmo quando não o esquece inteiramente”. O historiador francês distingue três tipos significativos de humanismo na história européia: o do
Renascimento, o da Reforma e, bem longe deles, no século XVIII, o da Revolução Francesa.
Fernand Braudel. Gramática das civilizações. São Paulo: Martins Fontes, 1989 O humanismo renascentista pode ser corretamente identificado por apenas uma das proposições a seguir. Assinale-a.
a) Legitima a violência ao serviço da igualdade, da justiça social, da pátria e do direito.
b) Propõe uma explicação racional do mundo, baseada no empirismo e no método científico.
c) Dialoga com a tradição clássica, reinterpretando os valores greco-romanos à luz das novas preocupações culturais centradas no homem, considerado,
então, o motor do progresso.
d) Reivindica a emancipação do homem por meio da liberdade de comércio, de trabalho, de produção e de concorrência, opondo-se, em conseqüência,a todo tipo de regulamentação e monopólio.
e) Subordina as noções de ordem, equilíbrio e regularidade à crença de que a intuição do artista deve guiar sua produção.

7. Certo gentil-homem francês sempre se assoa com amão; coisa muito avessa a nosso costume. Defendendo seu gesto (e ele era famoso por seus bons
achados), perguntou-me que privilégio tinha esse excremento sujo para que lhe preparássemos um belo pano delicado a fim de recebê-lo e depois, o que é
mais, o dobrássemos e guardássemos conosco; (...) e o costume não me permitiu perceber essa estranheza, a qual, no entanto, consideramos tão horrível quando nos é relatada sobre outro país.
MONTAIGNE, citado por CHARTIER, Roger (Org.) História da vida privada 3: da Renascença ao século das luzes. São Paulo: Companhia das Letras, 1991, p.184 Essa narrativa de Montaigne, nos seus Ensaios, I,XXIII, refere-se às transformações nos costumes entre os séculos XV e XVIII, que se efetuaram na Europa em ritmos e cronologias variáveis. Sobre esse movimento,
é correto afirmar que:
a) as expressões de espontaneidade biológicas, afetivas e emocionais dos indivíduos permaneceram livres do controle coletivo e das proibições
sociais.
b) formas de sociabilidade, tal como o ato de comer à mesa, aceitavam à época comensais com apetites indiscretos, com seus ruídos e humores sem
controle.
c) a aprendizagem das boas maneiras e das máximas morais esteve ausente das preocupações e dos conselhos dos pensadores.
d) houve uma maior adequação às normas, que repousavam nas pressões exercidas pelo grupo mais prestigiado sobre cada indivíduo, mas também, e
cada vez mais, na incorporação das regras sociais por parte deste.
e) a exigência do decoro foi banida das regras sociais, e os indivíduos podiam expor publicamente suas
paixões e suas maneiras de agir na intimidade.


8. Eu te coloquei no centro do mundo, a fim de poderes inspecionar, daí, de todos os lados, da maneira mais
cômoda, tudo que existe. Não te fizemos nem celeste, nem terreno, mortal ou imortal, de modo que assim, tu, por ti mesmo, qual modelador e escultor da própria imagem, segundo tua preferência e, por conseguinte,
para tua glória, possas retratar a forma que gostarias de ostentar.
“Fala de Deus a Adão”. Pico Della Mirandola, Giovanni, A dignidade do homem. São Paulo: GRD, 1988.
O trecho acima reflete as novas idéias introduzidas no ocidente europeu, a partir do século XV, que permitiram o desabrochar de um pensamento mais original em relação às artes, às ciências e ao conhecimento.
Essas idéias podem ser relacionadas ao seguinte processo histórico:
a) Iluminismo c) Reforma Religiosa
b) Renascimento d) Revolução Científica

TRABALHANDO FILME MENINO DO PIJAMA LISTRADO


O Menino do Pijama Listrado

1) “o menino acompanha de longe as atividades do pai, um destacado militar do exército de Hitler. Sua mãe acompanha com pouco entusiasmo as atividades do marido, diferentemente da irmã do menino, Gretel”. Após este trecho, explique qual o comportamento frente ao nazismo dos personagens acima citados, justificando.



2) Bruno ao mudar de casa, não freqüentou escola. Qual a solução encontrada pelos pais para essa situação?



3) Relacione as aulas do menino com os objetivos da educação nazista aos jovens.


4) Descreva o cotidiano demonstrado no filme sobre o campo de concentração.


5) Por que os prisioneiros utilizavam “pijamas listrados”?


6) Explique o comportamento de Gretel, irmã de Bruno no decorrer do filme.


7) Que idéias Bruno recebe sobre os judeus? Você concorda com essas idéias? Explique-as.


8) Como os judeus foram tratados na casa dos alemães?


9) Explique os fatos que ocorreram no final do filme.


10) Apresente suas conclusões acerca do tema retratado no filme.

BANCO DE QUESTÕES 2ª GUERRA MUNDIAL

01. Os ataques aéreos às torres gêmeas do WTC em Nova Iorque e ao prédio do Pentágono em Washington, ocorridos nos Estados Unidos em 11 de setembro de 2001, fizeram com que os americanos e a imprensa evocassem o ataque à base militar de Pearl Harbor, no Havaí, em 7 de dezembro de 1941. Explique o que foi o ataque a Pearl Harbor e qual foi a arma utilizada pelos americanos para obrigar à rendição o país que os atacou. Explique também duas diferenças políticas entre o ataque a Pearl Harbor e os ocorridos em 11 de setembro de 2001.

02. No processo histórico da Segunda Guerra Mundial o dia 6 de junho de 1944 é conhecido como o Dia D. Por que o Dia D foi tão importante?

03. Qual a importância histórica da Batalha de Stalingrado na Segunda Guerra Mundial?

04. A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) foi precedida por intensas articulações que envolveram a diplomacia e os governantes dos países que vieram a participar desse conflito. Nesse contexto de progressiva tensão internacional se deu a assinatura de um pacto de não-agressão entre a Alemanha nazista e a URSS, o que provocou perplexidade e incertezas na opinião pública internacional. Maior perplexidade, contudo, causou a decisão norte-americana de precipitar o encerramento do conflito com o Japão, lançando a bomba atômica sobre Hiroshima e Nagasaki.
a. Explique de que maneira o uso da bomba atômica em 1945 influenciou as relações internacionais do período.
b. Cite um argumento para a assinatura do pacto germano-soviético em agosto de 1939.

05. O jornal "O Estado de S. Paulo" publicou: "Apesar de ser um tema recorrente no cinema, na mídia e na literatura, 89% dos brasileiros não sabem o que foi o holocausto (...). Em 14 países pesquisados na Europa e América Latina (...), os brasileiros ficaram na penúltima colocação, com 11% (...). Os dados no Brasil foram coletados pelo IBOPE...". (17.7.2001)
O holocausto foi a perseguição e o massacre de judeus ocorridos no contexto da 2 Guerra Mundial. Sobre o tema cite dois argumentos que os responsáveis pelo holocausto utilizaram na época para justificar seus atos.

06. Por duas vezes na história, em 1812 e em 1943, os russos/soviéticos, sob um inverno rigoroso de menos 30°C, derrotaram potências de tendência expansionista: a França de Napoleão e a Alemanha de Hitler, respectivamente. Em ambos os momentos, os russos/soviéticos adotaram técnicas semelhantes para derrotar os inimigos e foram responsáveis por mudanças decisivas nos rumos da história contemporânea.
a. Explique qual a estratégia utilizada pelos russos, em 1812, e soviéticos, em 1943, para derrotarem os seus inimigos.
b. Qual a importância da URSS na política internacional após a Segunda Guerra Mundial?

07. A charge a seguir retrata de forma crítica a assinatura, em 23 de agosto de 1939, de um pacto de não-agressão.

a. Identifique os personagens do desenho e os países que respectivamente representam.

b. Relacione esse pacto à deflagração da Segunda Guerra Mundial.